Instituto Brasil Convention Bureau debate recuperação do turismo na agenda do Sistema Comércio

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Evento inclui reunião com presidenciáveis e lançamento de relatório com propostas para o segmento.

Márcio Santiago, presidente do Instituto Brasil Convention & Visitors Bureau, que representa 60 escritórios no país, participa, do lançamento da Agenda Institucional do Sistema Comércio, em Brasília, nos dias 22 e 23 de junho. O evento, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), terá debates com os presidenciáveis Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva e Simone Tebet, já confirmados.

O evento apresentará o documento “Propostas e Recomendações de Políticas Públicas de Turismo - Nacional”, que contem estratégias para o turismo brasileiro de 2023 a 2026. Além do documento nacional, 27 documentos estaduais foram compilados. O material é resultado de um trabalho conjunto de mais de 300 organizações brasileiras, com participação ativa do Brasil Convention & Visitors Bureau.

Segundo a CNC, o ano deve encerrar com alta nas atividades turísticas de 2,8% em comparação com o ano passado – o aumento deve igualar o faturamento do turismo ao patamar pré-pandemia registrado em fevereiro de 2020.

Apenas para ter uma ideia da movimentação econômica do setor turístico no Brasil, a CNC estima – com base em dados do IBGE – que a diferença entre a geração de receitas do segmento turístico e seu potencial mensal teve perda de R$ 6,3 bilhões em abril, o que eleva para R$ 515 bi o prejuízo acumulado do turismo brasileiro desde o início da pandemia.

Segundo Santiago, o debate com presidenciáveis será importante para conhecer a linha de atuação de cada candidato em relação às demandas do turismo brasileiro e também para direcionar as estratégias de ação dos Convention & Visitors Bureau tanto no Brasil como no exterior.

Turismo na economia
O turismo movimenta recursos internos provenientes da circulação de turistas residentes no país e atrai recursos externos decorrentes de estrangeiros em atividades de lazer, eventos científicos, empresariais ou deslocamentos para negócios, saúde, estudos, dentre outros. “Para tudo isso, o turista utiliza transporte, estruturas de hospedagem, alimentação, comércio etc. Daí que debater formas de recuperar a economia do turismo é uma estratégia importante para movimentar milhares de pequenos a grandes negócios, profissionais autônomos e destinos variados de norte a sul do país”, argumenta Santiago.

Segundo Santiago, o Brasil ainda tem uma tarefa a cumprir que é desenvolver a estrutura existente, capacitar profissionais e promover o país no exterior para um turismo limpo e sustentável que ainda tem muito potencial no Brasil. “Temos de entender o turismo como uma atividade que permeia todos os tipos de negócio e capaz de gerar renda, inclusão, promover educação, valorizar regionalidades e configurar a alma brasileira junto aos países de todos os continentes para atrair mais negócios ”, finaliza.

Segundo o relatório “Propostas e Recomendações de Políticas Públicas de Turismo”, o turismo no Brasil apresenta números inferiores aos de países com condições equivalentes, mesmo sendo um país de dimensões continentais. “Os empregos diretos e indiretos no setor chegam a quase 10% do total, quando poderiam estar entre 13% e 15%, e a sua participação [do Brasil] no Produto Interno Bruto (PIB) poderia saltar dos atuais 5% para mais de 9%”, aponta o documento.

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